educaçao
Ainda são muito poucos para as necessidades e os estudos de validade geralmente são realizados com populações específicas. São necessários, por exemplo, mais escalas de desenvolvimento com estudos psicométricos, testes neuropsicológicos, cognitivos (para avaliação de outras funções além da inteligência), testes de personalidade, entre outros construtos. Além disso, há necessidade de estudos psicométricos e de padronização para as diferentes regiões brasileiras, cuja diversidade cultural é imensa. Nesse sentido, WISC III, por exemplo, foi validado com crianças da cidade de Pelotas-RS. Ótimo que tenha sido, de alguma forma, validado no Brasil. Os autores dos estudos brasileiros e a editora proporcionaram um grande avanço em relação à edição anterior. Mas, como utilizá-lo em outras regiões, especialmente norte e nordeste, com escalas verbais que sabidamente têm grande influência cultural? Além disso, é preciso, por exemplo, desenvolver testes que envolvam heteroavaliação, isto é, além da obtenção de respostas por parte da própria criança, os instrumentos também podem colher informações por parte de pessoas que convivem com ela, como pais e professores, por exemplo. Enfim, é preciso reconhecer que muito se avançou na área da testagem psicológica, mas também que muito ainda há por fazer.
3. Além dos testes, quais técnicas são comumente usadas?
Bem, as técnicas principais, além da testagem, são observações e entrevistas. Com crianças, é imprescindível a realização de entrevista com um adulto responsável por ela, ou que possa fornecer informações sobre a criança. Há muitas técnicas de entrevista, que devem ser escolhidas de acordo com a necessidade de cada caso. Uma das mais comuns é a anamnese, que tem por objetivo fazer um levantamento detalhado da história da criança. Essa história começa mesmo antes da criança nascer, com informações sobre sua concepção,