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O termo identidade, de origem latina, significa igualdade e continuidade. É abordado por diversos campos da ciência, como a Psicologia, a Sociologia, a Antropologia,
Antropologia, entre outros. Existem diferentes perspectivas na definição desse termo.
É uma construção que acontece no fazer cotidiano do sujeito.
De acordo com Ciampa (1999, p. 1):
A identidade, como metamorfose, é a articulação no presente, do passado e do futuro. As transformações da época contemporânea, cada vez mais rápidas, ameaçam as formas de vida estacionárias. Mais que em qualquer outro período, atualmente a possibilidade de sobrevivência de povos e nações depende de sua capacidade de autotransformação.
Portanto, a questão identitária faz parte de um processo contínuo em que nada é estável, fixo e permanente; tudo se movimenta, num processo de constante mudança. Numa abordagem antropológica, a identidade é uma construção que se faz com atributos culturais, isto é, ela se caracteriza pelo conjunto de elementos culturais adquiridos pelo indivíduo através da herança cultural. A identidade confere diferenças aos grupos humanos. Ela se evidencia em termos da consciência da diferença e do contraste do outro. Ao longo de nossa história, na qual a colonização se fez presente, a escravidão e o autoritarismo contribuíram para o sentimento de inferioridade do negro brasileiro. A ideologia da degenerescência do mestiço, o ideal de branqueamento e o mito da democracia racial foram os mecanismos de dominação ideológica mais poderosos já produzidos no mundo, que permanecem ainda no imaginário social, o que dificulta a ascensão social do negro, pois este é visto como indolente e incapaz intelectualmente.