Edifício master
Mundos que são compartilhados através do diálogo e das expressões de cada personagem, biografias tristes, felizes, emocionantes, tabus.
Todos os personagens que encontramos no filme contam suas experiências de modo singular, seus discursos se diferem, assim como seu modo de receber a equipe. Cada personagem tem o seu encanto e desperta os mais variados sentimentos e emoções.
Dentre todos os personagens, Daniela foi o que mais deteve minha atenção. O simples fato de aceitar participar do filme já me pareceu ambíguo nessa personagem.
É muito interessante que uma pessoa que se expressa tão bem, tenha tanto medo de se relacionar com o mundo e tenha vontade de se esconder. Para ela sua atitude é muito clara, ela chega a verbalizar que possui neuroses e é sócio fóbica, ela conhece a si mesma, suas limitações e chega a descrever que não olha nos olhos do entrevistador por ter medo. Mas ao mesmo tempo em que foge do olhar do entrevistador, se expõe, se abre para ele, para milhares de outros olhares e expõe seu íntimo, seus gostos, suas próprias criações. Esther, também é uma personagem encantadora, que como muitos outros, nos lembram de que o homem é um ser social e que, portanto, a solidão fere. Até mesmo Daniela, que prefere evitar as pessoas, buscou um companheiro para si. Esther também nos faz refletir sobre a liberdade do homem e seus limites, ao relatar que pensou em se suicidar pode nos levar a uma dúvida: A liberdade do homem é tão grande, que ele pode escolher se vive, ou só algo que o desestruturasse o levaria a tal escolha? Afinal, a vontade do homem não é também determinada por suas paixões?
Em quase todos os relatos do filme, existe a possibilidade de verificar o quanto o