Economia e Formação Brasileira no período colonial
PROJEÇÃO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA: A PECUÁRIA
A elevada rentabilidade do negócio açucareiro fez surgir, em tempo relativamente curto, um mercado completamente novo para um sem-número de produtos, pois os antilhanos (particularmente nas ilhas inglesas) não usavam suas terras e seus escravos senão para produzir açúcar.
Os colonos que sobreviveram às dificuldades iniciais se dedicaram a atividades de baixa rentabilidade, transformando-se o núcleo de população de empresa colonial em colônia de povoamento
Em São Vicente, onde a escassez de mão-de-obra resultou ser maior do que na Nova Inglaterra - o excedente de população nas Ilhas Britânicas possibilitou importar mão-de-obra europeia em regime de servidão temporária -, a primeira atividade comercial a que se dedicaram os colonos foi a caça ao índio.
Se nas Antilhas a escassez de terra configurava um entrave para a expansão da economia açucareira, nas colônias de povoamento do sul, ao contrário, a abundância de terras encontrava-se nas proximidades dos núcleos canavieira. Essa dinâmica expansionista das terras para o cultivo da cana de açúcar determinou profundamente a geografia nordestina e criou um sistema econômico dependente da economia açucareira.
Em face da escassez da oferta de produtos de consumo de luxo nas colônias do sul, ao contrário da situação nas Antilhas, a oferta de carne constituiu-se no único importante artigo de consume que poderia ser suprido internamente, o que além de figurar na dieta dos escravos contribuiu para a expansão interna da pecuária nordestina. O mesmo ocorria com o material de construção mais amplamente utilizado na época: as madeiras.
A separação das duas atividades econômicas - a açucareira e a criatória - deu lugar ao surgimento de uma economia dependente na própria região nordestina, oque, ao longo dos tempos, levou a uma permanente expansão com consequente penetração e ocupação do interior brasileiro.
Deve-se ter em conta, entretanto, que essa atividade, pelo