Formação Brasileira
“O Aprendizado da Colonização”
Em “O Trato dos Viventes”, Alencastro nos mostra como se deu a formação do Brasil fora do país. Ele procura entender quais foram as iniciativas de Portugal que acarretaram em um sistema colonial lucrativo e forte com centro no Império Português. No seu primeiro capítulo, “O Aprendizado da Colonização”, Alencastro define os problemas e aponta algumas respostas que ajudariam na resolução deles. Assim, ele volta no período de colonização e mostra as particularidades de cada região além-mar. Deixa claro também que existe uma regularidade das primeiras negociações de Portugal com os nativos. A regularidade se trata da espontaneidade das iniciativas de colonização, graças à falta de organização. E é esse período pré-colonial, que o autor define como “O Aprendizado da Colonização”. Graças à essa experiência, Portugal obteve o conhecimento prático para iniciar uma sistematização da colonização, que era baseado no poder régio em além-mar com medidas severas como a censura e a implantação de capitanias hereditárias – primeira divisão de terras brasileiras feita por Portugal – que restringiram o poder local perante o poder do estado luso, garantindo o escoamento de todo excedente de produção para Portugal. Ou seja, a colonização não veio ‘acabada’, foi decorrida de múltiplos aprendizados. Neste mesmo capítulo também é relatado alguns países que fizeram parte dessa colonização bruta que acarretou em diversos conflitos.
No Peru houve oposição dos próprios colonos ao clero, que foi causada por conta da luta pelo controle dos nativos. Imposições foram colocadas para que fosse mantido um vínculo de vassalagem, como fator da essência imperial. No caso angolano nota-se uma grande semelhança. Porém o enfrentamento será da Coroa com os jesuítas. Como esperado, os nativos não ficaram ilesos, impostos foram cobrados. É denominada capitania hereditária, mas logo em seguida é extinta e o território