Um contraponto baiano
Leandro Braga de Andrade
1- Introdução
O objetivo desta comunicação é apresentar um esboço geral sobre o debate historiográfico acerca da economia colonial brasileira. O texto se refere ao primeiro capítulo do relatório de pesquisa sobre a economia mineira no século XIX, enviado ao CNPq/PIBIC, período 2003-2004. A pesquisa foi orientada pela professora Andréa Lisly Gonçalves do
Departamento de História da UFOP e contou com minuciosa análise de listas nominativas e inventários pós-mortem.
A contextualização da pesquisa dentro da produção bibliográfica remeteu-nos ao entendimento da trajetória de um debate, que sem dúvida, é um dos mais polêmico embates acadêmicos entre os historiadores brasileiros e brasilianistas. E o que é mais importante, o referido debate tem objetivo de desvelar nosso passado contribuindo para compreendermos nossa formação e possibilitar uma análise mais profunda dos problemas e desafios impostos à sociedade brasileira pela História.
A construção historiográfica tem como elemento importante as exigências do presente.
Os temas, as abordagens e os problemas propostos mostram a busca pelo entendimento dos processos históricos. No caso da História do Brasil a lógica da colonização é essencial para entender o processo que culminou na crise e na ruptura do sistema colonial. Este, por sua vez contribui para o entendimento da formação do Estado e da nação brasileiras.
O período colonial tornou-se, assim, objeto de pesquisa da História Econômica na busca da compreensão da lógica do funcionamento do sistema colonial brasileiro e conseqüentemente da formação contemporânea do Brasil. Esta área do conhecimento histórico alimentou debates durante o século XX, principalmente a partir da década de 1970. As discussões, tratam, ainda hoje, da busca de modelos explicativos para a dinâmica e sentido da economia no período colonial/imperial da História do Brasil.