A Guerra De Canudos E A Era Vargas
O advento da República em 1822 não trouxe a imediata solução para os problemas sociais, políticos e econômicos do Brasil. Ao contrário disso veio reforçar as desigualdades sociais já existentes.
Com uma economia centralizada na cafeicultura e com o poder político ainda nas mãos dos latifundiários, o que se tem é um cenário de turbulenta transição da monarquia para república.
A guerra de Canudos no fim do século XIX no interior do sertão baiano é um exemplo do quanto as classes menos favorecidas estavam insatisfeitas com o novo regime o qual demonstrava total descaso pelas necessidades da população ao mesmo tempo que contava com a mesma no tocante a arrecadação de impostos.
O sentimento de marginalização das massas juntamente com o surgimento de lideres religiosos e idealistas como Antonio Conselheiro torna-se um fermento para manifestos populares que passam a organizar-se em grupos armados e dispostos a defender seus direitos.
O arraial de Canudos se forma frente a maneira que as classes dominantes da época tratavam as questões sociais no início do século XIX. Não permitindo espaço á entendimentos e sim a repressão de forma violenta e covarde já que o governo contava com uma estrutura militar superior aos cangaceiros.
Entretanto vale a pena salientar a resistência deste grupo que ocupava as margens do rio Vaza- Barris, frente as tropas republicanas, a qual se deve a forte influência e eficiente liderança do beato Antonio Conselheiro considerado de igreja e pelos governantes um herege e inimigo da República. Quando na realidade representava e defendia os interesses dos menos favorecidos pelo novo regime de governo.
O episódio de Canudos ocorre dentro do período conhecido como República Velha (1889 a 1930) no interior do estado Baiano e fora o pioneiro entre as manifestações populares do início da era Republicana. Porém por todo o país surgiam manifestos que iriam contestar o novo sistema político do país como: a Revolta da