Trabalhos
Você conhece a última do brasileiro? É assim: encontraram-se nos quintos dos infernos (deve ser muito longe, hein?) um europeu, um norte-americano e, claro, um brasileiro. Saudosos dos entes queridos que haviam deixado na Terra, pediram ao diabo para fazer uma ligação telefônica. O europeu (inglês, por sinal) foi rápido, objetivo, quase frio, apesar do calorão que o cercava. O americano, ciente de que time is money, também não se alongou. Já o brasileiro... Falou quase duas horas, quis saber até como ia seu time no campeonato nacional! Surpresa foi a conta: o inglês e o ianque pagaram uma nota, enquanto o brasileiro "morreu" com apenas R$ 1,00. "It’s impossible, mister!", reclamaram. O diabo, com um sorriso de astúcia, explicou: “Fiquem calmos. Está tudo certo: a ligação de vocês é DDI, a feita para o Brasil é local...” Tem a penúltima também, com Deus - e não o diabo - no papel central. Ao criar o mundo, Deus reservou um pedaço como seu xodó, obra-prima mesmo. Relevo pouco acidentado, sem catástrofes naturais, terra do sol e da chuva "em que se plantando tudo dá", das mil maravilhas. Hemisfério Sul, lado ocidental do planeta. "Por que esse privilégio?", reclamou o arcanjo Gabriel. E Deus, sábio: "Espere, meu filho, e veja o povinho que vou colocar lá..."
Tem a antepenúltima, tem dezenas, centenas. Piadas depreciando o Brasil e nós, seu povo, não faltam. A gente até ri, mas se refletir melhor não vai achar nada engraçado. Todas elas criam entre nós, brasileiros, um sentimento de desvalorização, de depreciação, de preconceito contra o nosso país e contra nós mesmos. Piada tem larga circulação. Então, todo mundo fica achando que esse Brasil nasceu torto, não tem jeito. Somos um povinho vagabundo, que não gosta de trabalhar; que vive na malandragem. Tudo isso reforça a cultura estereotipada, isto é, cheia de carimbos, c1ichês. Superficial e falsa. Mas muito difundida, segundo a qual o