Economia Verde

INTRODUÇÃO Várias crises simultâneas iniciaram-se ou aceleraram-se durante a última década: crises climáticas, de biodiversidade, combustível, alimento, água e mais recentemente no sistema financeiro e económico como um todo. A aceleração de emissões de gases de efeito de estufa indica uma ameaça crescente de mudanças climáticas descontroladas, com consequências potencialmente desastrosas para a humanidade. O aumento na procura, sugere uma dependência contínua do petróleo e outros combustíveis fósseis, além dos custos de energia muito mais altos, ao passo que a economia mundial sofre para recuperar-se e crescer. Em relação á garantia do fornecimento de alimentos, não há um entendimento generalizado sobre a natureza do problema, nem soluções baseadas numa colaboração mundial sobre como deveremos alimentar uma população de 9 biliões em 2050.
A escassez de água doce é já um problema global, há uma diferença crescente entre a procura anula de água doce e as reservas renováveis.
A perspectiva para melhor saneamento ainda é desoladora para mais de 2,6 milhões de pessoas. Coletivamente estas crises estão a agravar problemas sociais persistentes, tais como desemprego, insegurança socioeconómica e pobreza, ameaçando a estabilidade social. Apesar de todas estas crises terem várias causas, todas partilham uma carateristica comum, um grande uso inadequado de capital. Nas últimas décadas muito capital foi investido em combustíveis fósseis, em pobreza e bens financeiros estruturados, mas em comparação pouco foi investido em energias renováveis, eficiência energética, agricultura sustentável, protecção dos ecossistemas e da biodiversidade, conservação da terra e das águas. A maioria das estratégias de crescimento e desenvolvimento económico incentivou uma rápida acumulação de capital físico, financeiro e humano, mas à custa do esgotamento e degradação do capital natural. Por isso as questões ambientais têm sido crescentemente incorporadas á agenda