Economia verde
Os recursos naturais, aqueles utilizados como insumos do processo produtivo mas que não podem ser por ele produzidos, estão continuamente presentes na análise econômica embora nem sempre com a devida relevância. Durante praticamente toda a história da humanidade a preocupação ambiental ficou em segundo plano. A expansão da economia global esteve apoiada nos progressos da ciência e na tecnologia, desconsiderando o sistema ambiental. Sem nenhum tipo de presença política, e com a aversão tanto do capitalismo quanto do socialismo, os ambientalistas se viam isolados e sem poder algum. Mas esta visão antagônica entre crescimento e meio ambiente, que prevaleceu e ainda prevalece para muitos, está mudando, muito provavelmente, pela combinação de dois grandes fatores: o aumento da crise ambiental, inclusive com a ocorrência de grandes desastres climáticos e pela reflexão sistemática e análise cuidadosa da ação humana neste processo. A percepção do esgotamento dos recursos naturais e dos efeitos maléficos do modo de produção vigente na economia mundial trouxe a necessidade de repensar o processo de desenvolvimento econômico, surgindo assim, um novo dinamismo entre Economia e Meio Ambiente. . Tema recorrente de discussões políticas e ganhando cada vez mais importância em todos os campos de estudo, um marco para o meio ambiente foi o encontro de Copenhagen em dezembro de 2009. No Brasil, a Conferência Mundial Sobre o Clima das Nações Unidas teve como conseqüência a lei 12187, emitida em 29/12/2009, que retrata bem o novo paradigma da economia mundial. Destaca-se: “O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Esta Lei institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC e estabelece seus princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos. (...)
Art. 3o A PNMC e as ações dela decorrentes, executadas sob a responsabilidade dos entes políticos e dos órgãos da administração