Economia Solidária
Em outras palavras, com o agravamento do desemprego em muitos países, especialmente desde o início de 1980, as sociedades contemporâneas estão passando por um novo fenômeno, descrito por muitos analistas, com a expressão "crise do trabalho"
1997). Esta crise é composta por uma escassez de empregos formais e da falta de acesso à renda entre grande parte da população de vários países.
Em outras palavras, com a crescente observação e reconhecimento da incapacidade das políticas de empregos convencionais e de emprego (com base na força de trabalho de qualificação) para gerar emprego para aqueles que precisam, uma estratégia surgiu centrada em torno do valor do auto-emprego, especialmente no forma de micro-empresas privadas, cujo impulso depende intrinsecamente em fornecer microcrédito para os micro-empresários
Fundo Monetário Internacional [FMI] e do Banco Interamericano de Desenvolvimento [BID], entre outros), a partir de 1980, começaram a anunciar a importância do empreendedorismo e do microcrédito como solução chave para a crise do trabalho, uma vez que estes mecanismos provêem a inclusão dos mais pobres é impulsionado por uma interpretação bastante específica e re-apropriação de experiências pioneiras que alcançaram grande impacto e visibilidade, como o Banco Grameen.
A experiência do Grameen Bank inspirou programas similares em todos os continentes (YUNUS e JOLIS, 2006, p.223-256) e atraiu o interesse do setor financeiro privado. Neste contexto, a chegada de grandes bancos privados no campo do microcrédito, através do processo notório de "banking" (chamado de "bancarização" em Português) das populações mais pobres - ou seja, a sua inclusão no sistema financeiro convencional que costumava os excluir - sinalizou a descoberta de um novo nicho de mercado para as instituições financeiras convencionais.
Isto marcou o