Introdução Economia Política: da origem á crítica Marxiana Nas teorias que se voltam para a vida social, muito mais que naquelas que têm por objetivos a análise da realidades da natureza, as controvérsias extrapolam as diferenças relativas a métodos, hipóteses, e procedimentos de pesquisa. A economia política aborda questões ligadas diretamente a interesses materiais, econômicos e sociais, em face deles, não há nem pode haver ‘’neutralidade’’, suas teses e conclusões sempre esta conectadas a interesses e grupos de classes sociais, Nos primeiros representantes da Economia política clássica, Smith e Ricardo falavam das diferenças entre suas concepções teóricas, encontram-se nitidamente duas características centrais da teoria que vinha se elaborando há quase duzentos anos, a primeira característica refere-se á natureza mesma dessa teoria : não se tratava de uma disciplina particular, especializada, que procurava “recortar’’ da realidade social um “objeto’’ específico (o econômico ) e analisá-lo de forma autônoma. A segunda característica da Economia Política clássica relaciona-se ao modo como seus autores mais significativos trataram as principais categorias e instituições econômicas, no caso o dinheiro, capital, lucro, salário, mercado, propriedade privada etc. eles as entenderam como categorias e instituições naturais. Essa característica, assim como a anterior, é indicativa do compromisso sociopolítico da Economia Política clássica. A Economia Política clássica expressou o ideário da burguesia no período em que esta classe estava na vanguarda das lutas sociais, conduzindo o processo revolucionário que destruiu o Antigo Regime. Porém, esse claro compromisso da Economia Política clássica com o programa da Revolução Burguesa não converteu os seus grandes representantes como os citados Smith e Ricardo, em defensores cegos e acríticos da nova ordem social que surgia. Portanto a Revolução