Economia Marx
Marx entende a soma total da mais-valia produzida no processo de produção dividida pela soma total do capital. No livro III de sua obra “O Capital” assinala que a tendência à queda da taxa de lucro é a principal “lei de movimento” do modo de produção capitalista. Tenhamos em conta que do capital global que o capitalista investe, é da parte que se destina aos salários (que chamamos capital variável) da qual se gera a mais-valia, o trabalho não pago gerado pelos operários que o capitalista se apropria e que por sua vez é a fonte de seu lucro. Marx assinala que com o desenvolvimento histórico do capitalismo tende a diminuir o capital variável como fração do capital total, devido a que o progresso técnico implica uma crescente substituição do trabalho vivo pelo trabalho morto (maquinaria) . Se produz deste modo um aumento da chamada “composição orgânica do capital” , isto é um incremente do capital constante (o destinado à compra de maquinaria e matérias-primas) como fração do capital global na relação com o capital variável (a porção do capital destinada aos salários).
Segundo Marx, a possibilidade da crise reside na metamorfose da mercadoria, mas sua efetiva realização só se torna latente com a forma capitalista de acumulação, cuja aparência é o lucro monetário. Isso porque o processo que define o circuito do capital responde à incentivos diferentes que o da simples obtenção de valores de uso. A figura do capitalista, para Marx, encerra o desejo de acumulação de capital e não de maximização de utilidade. E essa acumulação é submetida a uma taxa