Karl marx economia
CARNEIRO, Ricardo. Os clássicos da economia; Organização de Ricardo Carneiro, São
Paulo: Ática, 1997. 1v (serie fundamentos)
Apesar de sua obra O capital ter sido editato em 1867, Karl Marx é um autor obrigatório, pois sua crítica “científica” do capitalismo permanece atual. Marx nasceu em 5 de maio de 1818 na Alemanha e morreu em Londres, 14 de março de 1883. Fundou o método conhecido como materialismo histórico, de caráter lógicodialético, enquanto politicamente militava pelo surgimento de uma sociedade superior àquela que criticava.
Em O capital, atingiu seu ponto máximo da compreensão da estrutura e da dinâmica do capitalismo. A ideologia conservadora e a teoria econômica vulgar querem fazer crer que as idéias de Marx estão mortas. Num ato de ultraje à inteligencia teórica, apregoam que a desaparição do socialismo real e a globalização capitalista são demonstrações da superação do pensamento crítico. Noutro extremo, a exegese e o formalismo de marxistas desavisados produzem a mesma devastação ao serem incapazes de uma atualização temporal e espacial das categorias de Marx. A verdade é que são inúmeras evidências históricas da contemporaneidade da teoria econômica de Marx.
A inteligência crítica pode e deve encontrar em Marx elementos teóricos relevantes para desenvolver a compreensão desses espectros atuais da globalização capitalista: a redundância do trabalho vivo e a riqueza fictícia. Considerase esses dois pontos suficientes para ilustrar essa contemporaneidade do autor. O capitalismo instaura o fetichismo na sociedade ao fazer parecer como naturais as relações que são social e historicamente determinadas. Surgem disso, ideias e categorias de pensamento tão misteriosas quanto às religiões. As principais: valor e capital como valor que se valoriza. Marx critica a economia política clássica, desvendando tal fetichismo da mercadoria para compreender a significação de valor que engendra o