. Economia Espacial: Críticas e Alternativas
Economia Espacial: Críticas e Alternativas
Planejando o Subdesenvolvimento e a Pobreza 1
SANTOS, Milton, 1926-2001. Economia Espacial: Críticas e Alternativas / Milton Santos; tradução Maria Irene de Q.F Szmrecsányi. - 2. ed. _ São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003.
Neste primeiro capitulo, o autor faz uma reflexão sobre os países subdesenvolvidos direcionados a atender interesses do Capital dos países desenvolvidos, detentores de tecnologias mais avançadas fazendo com que as regiões subdesenvolvidas permanecessem pobres, enfatizando que esse sistema capitalista foi um instrumento que aumentou as disparidades sociais de países pobres. Também aponta que, com a intervenção do Estado, o planejamento passou a ter uma aceitação com a persuasão econômica e com promessa de crescimento aos Estados com uma ideologia de sociedade de consumo. Este modelo de consumo favoreceu a entrada do capitalismo, constituindo uma questão de interesses, conquista e dominação.
“A nova ciência espacial deveria, portanto, basear suas reflexões numa ciência econômica a- espacial.”(p.20)
Santos, fala da divisão do trabalho entre a economia e ciência regional, onde, a ciência regional, agregada ao planejamento, deixa as estruturas internas de dominância e dependência mais racionalizadas, ajustando-se aos interesses do capitalismo, contribuindo para a difusão do sistema. Com isso, a urbanização se torna parte do sistema e um processo da difusão o capital. O autor revela que a penetração do capitalismo nos países pobres se deu em três fases. Penetração pela força “capitalismo comercial,” no caso das outras duas, “capitalismo industrial” e “financeiro,” a penetração começou com a ideologia. Mas em cada uma das três fases podemos encontrar elementos de ideologia e de força em conjuntos. E realmente o que ocorre nas três fases é um processo de penetração planejado, e não por acaso, mas sim, faz parte de um planejamento