Economia do Hidrogênio
Maria das Graças Silva Foster – Secretária de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renonáveis
Symone Christine de S. Araújo – Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental
Mário Jorge da Silva – Diretor do Departamento de Gás Natural
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
1. Introdução
O hidrogênio não é um combustível primário, encontrando-se quase sempre associado a outros elementos químicos, e, para utilizá-lo, é necessário extraí-lo de sua fonte de origem, que normalmente implica no gasto de uma certa quantidade de energia. O hidrogênio assim produzido contém grande parte da energia química, térmica e/ou elétrica empregada em sua geração, a qual poderá ser recuperada praticamente em sua totalidade por meio de processos adequados.
Apesar da energia cedida pelo hidrogênio ser menor do que a energia total utilizada na sua obtenção, apresenta vantagens importantes que o qualificam como um dos combustíveis que irão, certamente, substituir os derivados do petróleo. A principal vantagem do hidrogênio é que reações químicas necessárias para reconvertê-lo em energia produzem somente água como produto final, ou seja, não há emissão de gases poluentes ou gases de efeito estufa. Outras vantagens são seu alto poder calorífico, apesar da pequena massa específica, não ser tóxico e ser bastante reativo.
Por outro lado, as atuais tecnologias para o uso energético do hidrogênio não lhe conferem competitividade frente aos energéticos concorrentes. Além disso, não existe hoje no Brasil e no mundo infra-estrutura instalada que contemple, do ponto de vista comercial, as atividades de produção, armazenamento, transporte, distribuição e consumo do hidrogênio energético.
Os desafios inerentes ao desenvolvimento da Economia do Hidrogênio[1], embora expressivos, não configuram dificuldades intransponíveis. Ao contrário, apontam um elenco de oportunidades que farão surgir nos países que investem no seu