Economia Brasileira
Análise da tabela 3.1 ( Do programa de Delfim ao Plano Cruzado)
No período de 1978 a 1982 ocorreu o segundo choque do petróleo e o governo, para acomodar este choque, adotou em 1979/80 políticas econômicas heterodoxas. Com o insucesso desta política econômica, o governo muda sua estratégia econômica e passa a adotar medidas ortodoxas em 1981/82 e por fim em 1982, o Brasil de forma tardia, recorre ao FMI para tentar resgatar a economia.
Podemos notar a deteriorização da balança comercial nos anos de 1978 a 1980. Isto se deve ao aumento dos gastos com importações, devido à elevação do custo do petróleo, assim como o choque da taxa de juros e da recessão internacional que se seguiu.
Neste período o governo tinha como políticas econômicas o forte controle de preços, uma maxidesvalorização do câmbio com o objetivo de realinhar os preços, e também a pré-fixação da correção monetária e das desvalorizações cambiais em 45% e 40% respectivamente.
Entretanto, se os preços do petróleo se mantivessem ao valor nominal de 1978, o deficit na balança comercial em 1979 teria sido menor, e em 1980 o Brasil apresentaria um expressivo superavit devido ao aumento de 58% no valor das exportações desde o ano de 1978.
E com uma redução no volume das exportações haveria uma pequena melhora da balança comercial, pois o Brasil iria diminuir a quantidade importada de petróleo necessária para abastecer sua produção, entretanto a balança continuaria negativa.
E por fim, se as taxas de juros neste período estivessem no patamar de 1978 haveria também uma pequena melhora na balança comercial, porém ela continuaria negativa.
Portanto podemos afirmar que o fator que foi mais determinante para a deteriorização da balança comercial do Brasil no período de 1978 a 1980 foi a alta do preço do petróleo.
É possível notar também o crescente aumento da dívida líquida efetiva nos anos de 1978 a 1980. Isto se deve aos mesmos motivos que levaram a uma