economia aplicada
Desigualdade e pobreza no Brasil: retrato de uma estabilidade inaceitável
RESENHA ELABORADA POR FERNANDO MAGIROSKI
CAMPO MOURÃO, 01 de abril de 2014.
Desigualdade e pobreza no Brasil: retrato de uma estabilidade inaceitável
O artigo Ricardo Paes de Barros, Ricardo Henriques, Rosane Mendonça, procura descrever a situação atual e a elevação da magnitude e da natureza da pobreza e da desigualdade no Brasil, estabelecendo as inter-relações causais dessas dimensões.
Os autores começam falando que “O Brasil não é um país pobre, mas um país com muitos pobres”, onde os elevados níveis de pobreza que afligem a sociedade encontram na desigualdade na distribuição da renda e das oportunidades de inclusão econômica e social do país. Um país desigual, exposto ao desafio histórico de enfrentar uma herança de injustiça social que exclui parte significativa de sua população do acesso a condições mínimas de dignidade e cidadania.
Pobreza refere-se a situações de carência em que os indivíduos não conseguem manter um padrão mínimo de vida condizente com as referências socialmente estabelecidas em cada contexto histórico. À Linha de Pobreza: Pretende ser o parâmetro que permite, a uma sociedade específica, considerar como pobres todos aqueles indivíduos que se encontrem abaixo do seu valor. Considera-se que há pobreza apenas na medida em que existem famílias vivendo com renda familiar per capita inferior ao nível mínimo necessário para que possam satisfazer suas necessidades mais básicas. Segundo alguns dados apresentados no texto intensidade da pobreza mantiveram estáveis, com apenas duas contrações, na implantação dos planos Cruzados e Real, onde a percentagem que caiu foi de 39% para cerca de 33%.
Em seguida segue se falando que se busca mostrar que a pobreza no Brasil não deve ser associada prioritariamente à escassez, absoluta ou relativa, de recursos,