ECOEFICIÊNCIA
As mudanças de compreensão e comportamento sobre o meio ambiente aumentou as demandas pela eficiência econômica de processos e produtos, criando uma oportunidade para integrar meio ambiente e o desenvolvimento de atividades empresariais. Entretanto, a adoção da gestão ambiental pelas empresas não aconteceu de forma rápida e generalizada, pois o havia um preconceito entre as partes pelo conceito errado de que meio ambiente e o lucro empresarial eram adversários naturais.
Para Vinha (2003), acreditava-se que as medidas de gestão ambiental, além de reduzir lucros, obrigariam repasse de custos aos consumidores, elevando preços. Essa concepção resultava do alto custo da tecnologia ambiental, em virtude de não estar essa tecnologia nem tão disponível nem tão aperfeiçoada quanto hoje. Em alguns anos, os custos da tecnologia ambiental se alteraram e a concepção de altos custos foi transformada.
[...] em poucos anos, ficou patente que as tecnologias ambientais tinham um potencial inverso, isto é, reduziam custos por meio de uma melhor racionalização dos processos produtivos, particularmente no uso de insumos e no desperdício, levando à rápida disseminação da gestão ambiental baseada no gerenciamento da qualidade total (VINHA, 2003, p.176).
As condições favoráveis aos negócios, resultantes do barateamento dos custos das tecnologias ambientais criaram um cenário promissor para as empresas, ampliando a rentabilidade com racionalização de processos e respeito ao meio ambiente. Esse é o modelo de gestão eco-eficiente.
Stephan Schmidheiny, empresário suíço fundador do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), afirma que o termo eco-eficiência surge da necessidade de apresentar uma proposta empresarial de atuação na área ambiental para a Conferência do Rio, em 1992. Buscava-se um conceito que sintetizasse a finalidade de negócios engajados numa perspectiva de desenvolvimento sustentável e, em 1991, o WBCSD definiu