Duplo sentido na publicidade
Todos nós sabemos que a propaganda, seja política ou de caráter comercial, obtém espaço definido em nossa sociedade. Entretanto, houve uma época em que a propaganda servia como mera porta-voz de anúncios, sem que houvesse apelo à persuasão. Somente no século XIX, na Grã-Bretanha, foi possível à propaganda atingir seu apogeu. Isso aconteceu devido a chegada da tecnologia e das técnicas de produção em massa, que despontavam nesse século. Assim, empresas que comercializavam mercadorias similares vendiam também a preços similares. Surge, então, a disputa, a concorrência, de maneira que a publicidade – anteriormente mera reprodutora de anúncios –, dá início às mensagens persuasivas. Dessa forma, no final do século XIX, a propaganda comercial se solidifica e são fundadas as primeiras agências. Sabemos que, hoje, a publicidade se desenvolve em meio às disputas acirradas. Nesse sentido, é no sistema capitalista que se solidifica a propaganda comercial. Isto é, empresas aplicam capitais sobre uma determinada mercadoria e, por conseguinte, é preciso que o produto lançado no mercado obtenha altos índices de consumo para que essas empresas detenham lucratividade acerca do produto lançado à venda. E, ainda, conforme assinalam os mesmos autores, quanto mais atraente é o produto, mais pessoas desejam obtê-lo. Isso pode ser definido como a estética da mercadoria, pois a publicidade, através do design, exerce fascínio sobre o consumidor através da forma, do olhar, do aroma, objetivando sempre instigar o consumidor ao ato da compra.
Nesse sentido, cabe aos empresários, fabricantes ou comerciantes de mercadoria similar, oferecer produtos que se diferenciem e se destaquem o máximo possível da concorrência para então cativar o interesse do consumidor a levar o produto X e não Y. linha Essa manipulação linguística, na maioria das vezes apoiada em uma imagem, ajuda a elevar o nível persuasivo, induz o receptor a acreditar cegamente que adquirir determinado produto o