Marketing
CARVALHO, Nelly de. Publicidade, a linguagem da sedução. São Paulo: Ática, 1996. (resumo)
O estudo da linguagem publicitária trata da manipulação. Falar é argumentar, é tentar impor. O mesmo se pode dizer dos discursos políticos, religiosos e até do discurso amoroso. Em todos esses casos há uma base informativa que, manipulada serve aos objetivos do emissor. A diferença está no grau de consciência quanto aos recursos utilizados para o convencimento. A linguagem publicitária se vale desses recursos para mudar ou manter a opinião do público-alvo.alguns autores reservam o termo propaganda para os contextos institucional ou religiosos, deixando o termo publicidade, mais leve, para o comércio. Como um estranho não tem autoridade para mandar, a publicidade adota técnica variadas: Fazer-agir: Beba Coca-Cola! Fazer-crer; Só Omo lava mais branco! Fazer-buscar prazer: Se um desconhecido oferecer flores, isto é Impulse!
A mensagem publicitária, sendo um braço da moderna tecnologia, promete, abundância, progresso, lazer, beleza, juventude. Ao contrário das catástrofes noticiadas nos jornais, a publicidade fala de um mundo bonito e prazeroso. Esse prazer está associado ao uso de determinado objeto, criando a linguagem da marca, o ícone do produto. Antigamente, a publicidade se limitava a dizer que na rua tal no. tal, vende-se tal mercadoria, ou tal serviço. Hoje, a publicidade tende a banalizar um produto ( torná-lo acessível) e, ao mesmo tempo, exaltar suas qualidades. Possuir certos objetos passou a ser sinônimo de felicidade. Se na linguagem do cotidiano muito pouco se usam as ordens, preferindo formas eufemísticas (faça o favor de entrar), a publicidade pode ser mais direta: - Abuse e use C & A!. Toda a estrutura publicitária sustenta uma argumentação icônico-lingüística, que leva o consumidor a convencer-se, consciente ou inconscientemente. Com aparência de diálogo, na verdade á uma relação assimétrica. O verdadeiro