Entre Copos e Corpos - identidade feminina e o cômico- erótico na publicidade nacional.
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
PUBLICIDADE E PROPAGANDA
ANTROPOLOGIA
PROFESSOR CHRISTIAN SALAINI
TURMA CSOS3B
Análise sobre o artigo: “A publicidade entre copos e corpos: identidade feminina e o cômico erótico na publicidade nacional.
Luiza Lambert
Marcelo Ostrovski Bevilacqua
Maria Eduarda Marine
Willian Moreira Ramos
30 de Abril de 2014
Reijane utiliza como objeto de estudo propagandas de cerveja e feiras agropecuárias de Goiânia, que comparam, em um tom humorístico, a mulher com objetos e animais. Ela argumenta que a brincadeira é como uma válvula de escape que revela uma reação a padrões e sentidos reprimidos pela sociedade. A piada portanto, é uma maneira de manifestar o que é socialmente desautorizado, sem que hajam punições sociais. Consequentemente, a brincadeira sexista e cômica seria um modo de lidar com o crescimento da mulher no trabalho e na rua, domínios historicamente masculinos. Logo, ofensas humorísticas são utilizadas como uma tentativa de menosprezar os progressos feministas do século XX.
Para refletir sobre a publicidade e a maneira como a mesma se apropria da figura feminina, é essencial ressaltar a constituição social e histórica dessa relação. Na Idade Média, o corpo feminino era visto como sagrado e sua principal função era gerar novas vidas. Posteriormente, com a industrialização e a cultura do consumo, a mulher passou a ser cúmplice dos produtos de beleza, como se esses fossem seus companheiros para ajudá-las a ficarem mais atraentes.
Com o fácil acesso a televisão e outro meios de comunicação, a publicidade está cada vez mais conseguindo alcançar todas as mulheres das mais variadas idades e classes sociais, consequentemente estabelecendo o padrão do supercorpo. A ideia de que a beleza está ao alcance de todos e que os cosméticos são intermediários na transição entre o belo e o feio, estabelece a fórmula central da publicidade voltada às mulheres. A mídia produz então,