Resenha artigo: A publicidade entre copos e corpos: identidade feminina e o cômico-erótico na publicidade nacional
A publicidade entre copos e corpos: identidade feminina e o cômico-erótico na publicidade nacional
O artigo em questão analisa a representação do corpo feminino na publicidade brasileira e as polêmicas que geram entre ela, onde o corpo feminino é representado como um objeto, fragmentado em nádegas e seios, por exemplo, a mulher Melancia e a Moranguinho que são referência cômico-erótica na televisão brasileira. Na idade média, o corpo da mulher era considerado sagrado pelo fato de gerar a vida e pecaminoso por despertar o desejo sexual nos homens. Já na idade moderna o ocidente foca na gestação, que é o processo de controlar a continuidade humana. Porém, com a chegada da industrialização e consequentemente da sociedade do consumo, o corpo feminino se tornou o centro das atenções, explorado principalmente pelas indústrias de produtos de beleza. No início do século, as propagandas de produtos de beleza apresentavam os produtos como confidentes fiéis que ajudariam as mulheres a ficarem mais bonitas e atraentes. Na década de 50 os corpos femininos, ícones de beleza, eram mais arredondados, e hoje são os corpos magros, definidos, modelados por dietas, cremes, exercícios físicos e cirurgias estéticas. Sendo assim, com o crescimento do acesso a tv, as publicidades alcançaram mulheres de todas as idades e classes sociais, propagando assim o padrão do supercorpo. O conceito do belo e do feio foi fortemente explorado pelas empresas de produtos de beleza, pois no início do século XX as mulheres feias eram orientadas a adquirir inteligência e educação, pois eram desprovidas de beleza, e dessa forma se tornariam mais belas. Na época, boa aparência era fundamental para se arrumar bons casamentos. Por fim, essa idealização de beleza com a fórmula feio – produto – belo é o principal foco da publicidade voltada para as mulheres, onde os corpos passam por total transformação passando da maquiagem para o bisturi e se propaga o ditado popular “não existe