dualismo
Em filosofia, o dualismo opõe-se às várias formas de monismo, dentre as quais o fisicalismo e o fenomenismo. Refere-se à relação matéria-espírito, fundada sobre a afirmação de que os fenômenos mentais são exteriores ao mundo físico.1
História[editar | editar código-fonte]
A ideia aparece na filosofia ocidental já nos escritos de Platão, baseados nos ensinamentos de Sócrates, e de Aristóteles, que afirmam, por diferentes razões, que a inteligência do Homem (uma faculdade do espírito ou da alma) não pode ser assimilada ao seu corpo, nem entendida como uma realidade física. 2 3 .
O termo aparece pela primeira vez na Veterum Persarum et Parthorum et Medorum Religionis Historia (1700), de Thomas Hyde,4 5 obra que tratava da doutrina de Zoroastro, com seus dois princípios ou divindades - o bem e o mal -, em luta permanente. Bayle (Dictionnaire historique et critique) e Leibniz (Essais de Théodicée sur la bonté de Dieu, la liberté de l'homme et l'origine du mal) também utilizam o termo no mesmo sentido.
No entanto, o uso do termo na acepção mais difundida pela tradição filosófica data da segunda metade do século XVIII, com Christian Wolff (1670-1754). Wolff deslocou o emprego da palavra para a relação entre corpo e alma, opondo o dualismo ao monismo. Segundo ele "são dualistas aqueles que admitem a existência de substâncias materiais e de substâncias espirituais",6 7 e o fundador do dualismo teria sido Descartes, que formalizou a versão mais conhecida do dualismo em 1641, ao reconhecer a existência de duas espécies diferentes de substâncias: a corpórea e a