dualismo
A filosofia da época era dominada pelo método escolástico, que era inteiramente baseada em comparar e contrastar visões de autoridades reconhecidas e da Igreja. Rejeitando este método, Descartes estava determinado a não acreditar em nada que não tivesse fundamentos para provar que era realmente verdade. Ele acreditava que para chegar à verdade era necessário começar do zero, até mesmo sobre sua própria existência. Descartes acreditava que uma pessoa não deveria buscar respostas baseadas na fé, e sim na suspeita. Seguindo sua linha de pensamento, seus estudos tiveram início colocando em dúvida sua própria existência. Descartes chegou à conclusão que uma consciência clara de seu pensamento provava sua própria existência. Isso foi considerado um fato verdadeiro a partir do qual ele passou a provar a existência de outras coisas. Sua conclusão foi expressa através das clássicas palavras Cogito, ergo sum (Penso, logo existo).
Durante o séc. XVII época do chamado grande racionalismo, Descartes concebeu uma metafísica de muita influência até nossos dias. Trata-se da concepção de mundo que separa radicalmente matéria e espirito, ou corpo e mente, conhecida como dualismo cartesiano. Para Descartes, a nossa mente e a realidade externa são dois reinos separados e autônomos, nenhum sendo dependente do outro. Embora ele não negue que a mente seja capaz de compreender objetos externos a ela, aquilo de que estamos imediatamente conscientes, para Descartes, não são os objetos externos, mas apenas representações mentais, ou ideias, produzidas pela nossa própria mente.
Descartes é um dualista. Isto significa que ele acredita que a mente e o corpo são duas espécies de coisas bastante distintas, dois tipos do que ele chama “substância”.
Para Descartes, a nossa mente (ou consciência) e a realidade externa são dois reinos separados e autônomos, nenhum sendo dependente do outro. Embora ele não negue que a mente seja capaz de