Drogas
Drogas e Escola
Jane Domingues de Faria Oliveira Mestre em Educação Física – unicamp Evandro Murer Mestre em Educação Física – unicamp
m todo o planeta, o consumo de drogas cresce constantemente. Recente relatório das Nações Unidas, divulgado em 2007, indica que cerca de 160 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos fumam maconha. As bebidas alcoólicas e o tabaco aparecem, junto com medicamentos, em campanhas publicitárias em todas as mídias relacionando seu consumo à minimização dos males relacionados com a obesidade, depressão e estresse. As drogas lícitas chegam às escolas com facilidade. Por terem a produção e venda liberadas pelo governo, as bebidas alcoólicas e o tabaco (cigarro) encabeçam as estatísticas. A mais recente pesquisa realizada em 2006 pelo Centro Brasileiro de Informações sobre drogas psicotrópicas, com 48 mil estudantes de 5ª série ao ensino médio, comprovou que dois em cada três jovens já beberam até os 12 anos de idade, e um em cada quatro já experimentou cigarros. Os percentuais observados sobre as drogas mais utilizadas por estudantes atingem níveis preocupantes, entre eles, o uso do álcool por 65,2% dos alu-
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nos, tabaco 24,9%, solventes 15,5% maconha 5,9%, ansiolíticos 4,1%, anfetaminas 3,7% e a cocaína 2,0%. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE), três são os principais motivos que levam os jovens a se envolver com drogas principalmente nas escolas: o desejo de fuga dos problemas, a busca pela aceitação social no grupo e a curiosidade por novas sensações. A droga acaba sendo uma válvula de escape, principalmente nesta fase escolar que engloba a pré-adolescência e a adolescência. É importante o diálogo nas três esferas: escola e aluno, escola e família e pais e aluno. Em levantamento realizado pela UNESCO, órgão das Nações Unidas, 45% dos estudantes do 6º ao 9º ano se recusam a tocar no assunto com a mãe e 55% dizem não fazer isto com o pai. Segundo Moreira, Silveira e Andreoli (2006), como técnica