DROGAS
As drogas psicotrópicas são aquelas que agem no sistema nervoso central, produzindo alterações de comportamento, humor e cognição, possuindo grande propriedade reforçadora, sendo, portanto, passíveis de auto-administração, em outras palavras, esse tipo de droga levam à dependência (OMS, 1981). Segundo o Instituto Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no que diz respeito ao consumo de drogas ilícitas, a realidade brasileira é muito preocupante, uma vez que, opostamente ao que ocorre no mundo, cresce de maneira alarmante o número de usuários. Somos, hoje, o primeiro maior consumidor de crack e o segundo em cocaína do Planeta. Estudos realizados para avaliar o abuso de drogas no Brasil mostraram que, desde 1987, as internações hospitalares relacionadas à cocaína vêm aumentando. Constitui-se, nos últimos anos, na segunda causa de internação entre as drogas ilícitas, sendo suplantada somente pelo álcool (Galduróz, 2001). Quanto às formas de usos mais comuns, a droga é consumida sob a forma de cloridrato de cocaína, um sal hidrossolúvel, de uso aspirado ou injetado. Há, ainda, as apresentações alcalinas, voláteis a baixas temperaturas, que podem ser fumadas em “cachimbos”. É o caso do crack, da merla e da pasta básica da cocaína (Muakad, 2009).
Histórico
O consumo dos produtos da cocaína é bastante antigo. O abuso de cocaína tem suas raízes nas grandes civilizações pré-colombianas dos Andes que, há mais de 4500 anos, conheciam e utilizavam a folha extraída da planta Erythroxylon coca ou coca boliviana, como testemunham as escavações arqueológicas do Peru e da Bolívia. A palavra coca deriva da língua aymara, significando planta ou árvore (Ferreira, 2001). A Erythroxylon coca cresce na forma de arbusto ou em árvores ao leste dos Andes e acima da Bacia Amazônica. Cultivada em clima tropical, à