Velhice
Velhice é o último período da evolução natural da vida. Implica um conjunto de situações -- biológicas e fisiológicas, mas também psicológicas, sociais, econômicas e políticas -- que compõem o cotidiano das pessoas que vivem essa fase.
Não há uma idade universalmente aceita como o limiar da velhice.
As opiniões divergem de acordo com a classe socioeconômica e o nível cultural, e mesmo entre os estudiosos não há consenso. Para efeitos estatísticos e administrativos, a idade em que se chega à velhice costuma ser fixada em 65 anos em diversos países, após o que se encerra a fase economicamente ativa da pessoa, com a aposentadoria. Atualmente, nas nações mais desenvolvidas, esse limite não parece absolutamente adequado do ponto de vista biológico, pelo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou-o para 75 anos.
Para compreender tal transformação, é preciso ter em conta o aumento progressivo da longevidade -- e, portanto, da expectativa de vida -- que se produziu nas últimas décadas do século XX, fato sem precedentes na história. O fenômeno se deve aos avanços na área de saúde pública e da medicina em geral, e à melhoria das condições de vida em seus mais variados aspectos. Por isso, é cada vez maior o número de pessoas que ultrapassam a idade de sessenta e setenta anos e, mais que isso, que atingem essa idade em boas condições físicas e mentais.
O crescimento do percentual de idosos, sobretudo nos países desenvolvidos, pôs em evidência a problemática relacionada à velhice, tanto do ponto de vista estritamente médico quanto do socioeconômico. A questão ganhou, assim, nova relevância entre as preocupações dos governos, da sociedade e dos