Drogas e juventude 2
O debate a respeito da temática “Drogas”, vai muito além do simples entendimento sobre seus conceitos e categorias na atualidade, pois, através de estudos, mais aprofundados sobre as suas origens e manifestações, podemos perceber que essa problemática, não é fruto de uma sociedade contemporânea, individualista, que marginaliza os indivíduos que estão em situação de “Drogadiçao”, e sim de um processo sócio – histórico, lento e gradual, que não mostra bem, onde começou os primeiros dados de uso de Drogas, mas, sim, revela algumas manifestações, presentes em diferentes sociedades, e que tem inicio com produtos que não obrigatoriamente seja substancias químicas, como as “especiarias do oriente”, ou seja, produtos de importação dos europeus durante o sec. XV e XVI, e que com o passar dos tempos, foram sendo substituídos por outros produtos, como o café, chocolate, chá, açúcar, entre outros. Além disso, a crescente demanda ocidental por esses “alimentos-droga” obedece a certas razões de ordem prática que convém destacar: enquanto as bebidas quentes, leves, estimulantes e não alcoólicas (como o chá, o café e o chocolate adoçado), se conformam como os ditames do capitalismo emergente e seus reclamos por sobriedade, racionalidade e disciplina no trabalho, o tabaco e as bebidas alcoólicas destiladas tornam mais suportáveis a crescente pressão disciplinar e as precárias condições de vida que se abatem sobre os mais pobres aos entorpecê-los. (VARGAS, Eduardo, 2008). Posteriormente, esses produtos foram substituídos por outras substancias, como o opio, morfina, entre outros. Essas substancias em seu estagio inicial, tinha a finalidade de contribuir em intervenções cirúrgicas, com o passar do tempo, que foi sendo usada descontroladamente. Essas substancias passaram muito tempo sendo comercializadas sem nenhuma restrição legal, tempos depois, começaram a surgir leis proibindo a circulação de tais substancias. O trânsito que levou o mercado de drogas da