Redução de Danos: Um olhar Além da Droga
Justificativa: De acordo com dados levantados pelo Centro da Juventude de Santo Amaro com os 500 jovens: 63% declararam não fazer uso de preservativo, 75% têm convivência com o mundo do tráfico, 66% são usuários de substâncias psicoativas, e destes, 226 são poliusuários, ou seja, são usuários de mais de uma droga. Ligado a esses dados, ainda podemos observar nos jovens, através das escutas feitas no Grupo Operativo (ou grupo de redução de danos), o qual vinha sendo desenvolvido nestes últimos 8 meses, a dimensão da complexidade que envolve tal problemática: laços familiares quebrados ou desestruturados, inclusão no tráfico como alternativa de geração de renda, baixa escolaridade, estigmatização do usuário, varias informações distorcidas sobre a temática drogas e sexo (no tocante a formas de contágio as IST’s), resistência destes jovens em falar sobre tais problemáticas, devido muitas vezes, o tabu histórico existente na sociedade e por não se sentirem acolhidos em suas diferenças, além da pauperização que atingi as famílias, os jovens e as comunidades em que vivem, etc. E quando falamos dos diversos segmentos, observamos a dificuldade, no que se diz respeito ao entendimento e resolutividade adequado ao problema, entendendo apartir daí, a necessidade de informações técnicas, na perspectiva de facilitar as abordagens dentro de uma mesma linha de intervenção para toda a equipe. Diante disso, e deslumbrando por um olhar no contexto histórico das drogas, observamos que a busca pela alteração da percepção sempre esteve presente na história das sociedades humanas. Tendo significados, formas de uso e objetivos diferenciados. E através das intervenções de redução de danos, entendemos que as abordagens que tem como único objetivo a ser alcançado à abstinência estejam arrasadas, além de afastarem cada vez mais esses usuários da possibilidade de uma intervenção adequada. Apartir do levantamento dos dados