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O homem e suas experiências de alteração da “consciência”
No que diz respeito à definição do conceito de “consciência”, em psicologia e em outras áreas do conhecimento humano, teremos muitas acepções para este constructo. Muitas vezes encontraremos explicações de âmbito filosófico clássico, onde ela é algo nato e substantivo, inerente à natureza do homem de cunho transcendental, outros poderão dizer que tal conceito nada mais é do que a simples excreção do sistema nervoso (neurociências), algo adjetivo, uma capacidade perceptual. Ou simplesmente desconsideram-na, pois entendem que não se trata de uma ideia central e, por isso, tal conceito é tratado como simples descriminação lúcida da realidade por meio do chamado comportamento verbal1 (behaviorismo radical). “O que foi surpreendente foi a variedade de caminhos na filosofia, na psicologia e na fisiologia que levaram à distinção que foi feita entre o consciente e o psíquico: basta mencionar Leibniz, Fechner, Freud, Sechenov e Pavlov.” (LEONTIEV, 1978, p.10). Vemos que estamos longe de chagarmos a um consenso sobre a definição de consciência, mas podemos perceber que a ideia de auto-percepção e de distinção entre sujeito/objeto, como uma característica da consciência, é comum na maioria das perspectivas. Mesmo que elas sejam mais ou menos presente nos indivíduos. Então a capacidade de percebesse uno, com características próprias, e independentes do mundo, seriam condições básicas para ser considerado um ser consciente ou possuidor de uma consciência. Logo um sujeito que se auto percebe e por isso se diferencia do mundo poderá ser classificado como um sujeito lúcido. Esse conceito (lucidez) estaria ligado com a capacidade da consciência de perceber a realidade. A capacidade discernir entre o concreto e o imaginário, entre o real e o abstrato, entre o Eu e o Outro. É a lógica de saber o que está em si e o que está fora de si. Se pensarmos em termos de sinônimos, para a palavra lucidez, qualquer dicionário nos