Drenagem Urbana e Controle de Enchentes
LIVRO: DRENAGEM URBANA E CONTROLE DE ENCHENTES
AUTOR: ALUÍSIO PARDO CANHOLI
Ao longo de muitos anos, a drenagem urbana das grandes metrópoles foi abordada de maneira acessória, no contexto do parcelamento do solo para usos urbanos. Na maior parte dessas grandes metrópoles, o crescimento de áreas urbanizadas processou-se de forma acelerada e somente em algumas a drenagem urbana foi considerada um fator preponderante no planejamento de sua expansão.
Os conceitos “inovadores” mais adotados para a readequação ou amento da eficiência hidráulica dos sistemas de drenagem têm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos, de forma a aumentar os tempos de concentração e reduzir as vazões máximas; amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio de retenção em reservatórios; e conter, tanto quanto possível, o run-off (refere-se a todos os processos que culminam com o fluxo do canal perene de 1ª ordem de uma dada bacia) no local da precipitação, pela melhoria das condições de infiltração, ou ainda em tanques de contenção.
Embora a bibliografia disponível a respeito da aplicação dos conceitos “inovadores” seja pródiga no Brasil em relação a outros países, a aplicação desses conceitos, ou mesmo a especulação da sua aplicabilidade, ainda é incipiente.
A frequência e a gravidade das inundações em algumas cidades e regiões metropolitanas, demonstram a necessidade de procurar soluções alternativas estruturais e não estruturais e mesmo de conhecer melhor a fenomenologia climatológica, ambiental, hidrológica e hidráulica do problema, além dos seus componentes sociais com relação a habitação, saúde, saneamento e os demais aspectos, inclusive político-institucionais.
Enquanto nos países mais desenvolvidos a ênfase nas questões de drenagem urbana, concentra-se nos aspectos da qualidade da água coletada, encontrando-se praticas bastante adiantadas no controle das inundações, no Brasil, o controle quantitativo das enchentes ainda é o