Doutor
Defende-se no texto que os bancos centrais não foram criados pelos governos para centralizar a emissão de moeda, mas sim foram gerados pelo processo evolutivo do sistema bancário e da emissão de dinheiro de créditos privados, que não subsistem sem uma instituição e um dinheiro centrais, que garantem sua sobrevivência contra inevitáveis crises de confiança.
Razões para existência dos bancos centrais:
Vera Smith: razões políticas, conectadas com as necessidades das finanças do Estado.
Aglietta e Goodhart: o banco central é criação do mercado e não do Estado, através do desenvolvimento da economia monetária.
*Bancos da França e Inglaterra foram se tornando bancos centrais à medida que foram tomando responsabilidades em relação aos demais bancos. Devido também a uma posição privilegiada dentro do sistema bancário da época.
*Processo interativo entre a ação política e tendências de mercado.
*Bancos da Inglaterra, França e EUA chegaram a impor barreiras para que os bancos governamentais não se transformassem em BCs.
Modelo de livre organização bancária e de moedas privadas:
Não necessita de autorização governamental para seu estabelecimento, mas sim seu capital e sua capacidade de conseguir confiança pública, também não podendo esperar ajuda do governo.
Condição essencial: existência de uma moeda mercadoria, não podendo abandonar o padrão-ouro.
Os modelos de free banking são sistemas de pagamentos.
Problemas: forte concorrência leva os bancos a fazerem negócios arriscados para garantir suas reservas; volatilidade a alta emissão de moeda, ocasionando crises; Estado cliente privilegia alguns bancos, dando maior qualidade a eles.
Evolução levaria a uma hierarquia bancária, gradualmente mais centralizada, até a formação de um BC.
Caso escocês: oligopólio e dependência de grandes bancos.
Caso americano: pouca regulamentação; muitos bancos, caos. O sistema bancário norte-americano procurou criar mecanismos de cooperação,