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Há três tipo de manifestações proxémicas: 1. infracultural, do comportamento radicada no passado biológico do homem; 2. pré-cultural, é fisiológica e diante de tudo no presente; 3. microcultural, aquela onde se efetivam as observações proxêmicas (p.125). A proxémica, manifestação da microcultura, tem três aspectos: caracteres fixos, semifísicos e informais (p.125).
O território é em todos os sentidos da palavra um prolongamento do organismo, marcado por sinais visuais, verbais e olfativos. O homem criou prolongamentos materiais da territorialidade, assim como sinalizadores territoriais visíveis e invisíveis. Portanto, sendo a territorialidade relativamente fixa, este tipo de espaço é denominado em relação à proxêmica de espaço de caracteres fixos (p.127).
O espaço de caracteres fixos é um dos modos fundamentais de organizar as atividades dos indivíduos e dos grupos. Compreende tanto manifestações materiais quanto normas ocultas, interiorizadas, que regem o comportamento quando o homem se move sobre a terra (p.128). Exemplo: a malha quadriculada das cidades, os edifícios, a distribuição espacial dos cômodos de uma casa.
Há uma relação entre as características do espaço de caracteres físicos e a personalidade do indivíduo que habita esse espaço (p.129-130).
Alguns aspectos do espaço de caracteres fixos não são visíveis até que se observe o comportamento humano (p.131). As pessoas levam consigo interiorizações do espaço de caracteres fixos aprendidas no princípio de suas vidas [a idéia de cidade de um brasiliense, nascido e criado em Brasília – Plano Piloto, é bem diferente da idéia de cidade de qualquer outro habitante do planeta] (p.131).
Nós configuramos nossos edifícios e eles nos configuram” (Churchill, p.132).
O mobiliário é um exemplo de caractere semifixo do espaço. Alguns layouts tendem a manter as pessoas separadas, outros a uni-las (p.134). Há relação entre a posição em que se senta numa mesa e o