Dossier Tematico

Portugal ainda não tem posição definida
Urso polar pode receber nível de protecção máxima
O urso polar pode receber o nível máximo de protecção, conforme uma proposta dos Estados Unidos, sobre a qual Portugal ainda não tem posição definida, apesar de reconhecer que "o estatuto de ameaça desta espécie é claramente preocupante".
• 22 de Dezembro de 2012, 10h43 Em causa está uma proposta dos Estados Unidos, apoiada pela Federação Russa, de atribuir ao urso polar este nível máximo de protecção, ao abrigo da Convenção para o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES).
Uma decisão que deverá ocorrer em Março do próximo ano, mas as negociações dos Estados membros da União Europeia (UE) para uma posição comum começaram na passada segunda-feira, durante uma reunião do Grupo de Trabalho para Questões de Ambiente Internacional.
Os ursos polares estão ameaçados pelas alterações climáticas, que estão a destruir o gelo árctico, mas também pelo comércio internacional. O Canadá, por exemplo, exporta mais de 400 ursos polares anualmente.
Segundo várias organizações de Bem-Estar Animal internacionais - Grupo de Defesa dos Recursos Naturais (NRDC), Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW), Sociedade Humanitária Internacional e a Pro Wildlife -- que se preparam para aproveitar esta oportunidade para denunciarem os riscos que estes animais estão a correr, o número de peles de ursos polares vendidos aumentou 375 por cento em cinco anos.
"O aumento rápido do número de ursos polares abatidos todos os anos tornou a sua luta pela sobrevivência ainda mais difícil", alertam as organizações, que apelam à população e aos Estados membros para alertarem os ministros com esta pasta para tal realidade.
Na segunda-feira, quando começaram as negociações no Conselho de Ministros do Ambiente, em Bruxelas, as organizações receberam os participantes com uma manifestação simbólica, sensibilizando-os para as ameaças de que estes animais são alvo.