Dorinha
A situação de conflito a ser tratada neste trabalho, é o caso Dorinha Duval, de 51 anos, atriz contratada na época da Rede Globo (atualmente aposentada também por essa emissora!).que assassinou com três tiros o seu marido, o cineasta Paulo Sérgio Garcia Alcântara, de 35 anos, com quem estava casada há seis anos.
7.2 apresentação das teses de defesa e de acusação;
Logo depois de atirar em Paulo Sérgio, Dorinha o levou para o hospital, mas retirou-se em seguida refugiando-se na casa de parentes para evitar a prisão em flagrante. O advogado de Dorinha, Técio Lins e Silva, informou à imprensa que ela não estava foragida, mas pediu uma semana para ela se entregar a policia, pois se encontrava assistida por psiquiatra e sob efeito de fortes sedativos. Sua família tinha medo de um suicídio considerando seu estado depressivo.
Segundo o depoimento de Dorinha, o casal teria brigado pois seu marido, 15 anos mais novo, teria rejeitado seus carinhos, chamando-a de velha. A partir daí a discussão ficou violenta e Paulo teria partido para agressões físicas alem das verbais. Ela havia dito que iria se matar e Paulo mostrou onde estava o revolver, comprado por ele depois de um assalto, concordando com a ideia. Ela então pegou a arma e não se matou, mas a descarregou nele.
Essa foi a tese inicial de defesa utilizada então, nesse primeiro julgamento.
O Ministério Público imputou à acusada a conduta tipificada no art.121 § 2º ,inciso IV, do Código Penal, mas Técio por sua vez sustentou que a pretensão acusatória não merecia acolhimento. Isso porque a acusada na verdade ao desferir os tiros contra o seu ex-marido nada mais fez do que repelir a injusta agressão à sua integridade física e moral,além do que agiu impelida sob o domínio de violenta emoção,logo em seguida a injusta provocação da própria vítima. Prosseguindo, dirigindo-se ao Juri, disse que as provas dos autos revelavam inequivocamente que a vida do casal não era