Dor torácica
A isquemia do miocárdio manifestada pelo quadro de angina do peito ou do infarto do miocárdio, as pleurites, as alterações musculoesqueléticas, as disfunções do esôfago e as afecções pericárdicas são as causas mais comuns de dor torácica.
Para se compreender a fisiopatologia da dor, é conveniente considerar: LOCALIZAÇÃO, IRRADIAÇÃO E REFERÊNCIA.
Embora o parênquima pulmonar, as vias respiratórias e a pleura visceral sejam ricamente inervados por filetes sensitivos, estes não transmitem sensações dolorosas para o cérebro. Contudo, na superfície corporal existem quimiorreceptores que, quando estimulados por peptídeos (principalmente bradicininas), desencadeiam a dor. Essas substâncias são liberadas quando há inflamação, isquemia, traumatismo, necrose, compressão e estiramento. As terminações nervosas estão ligadas às raízes posteriores da medula através dos feixes espinotalâmicos laterais que vão até o tálamo, que, por sua vez, mantém conexões com o córtex cerebral. As vísceras, suas respectivas serosas e os vasos também possuem receptores, que fazem parte do sistema nervoso autônomo e os estímulos são conduzidos pelas vias aferentes do plexo simpático, chegando à medula junto com os estímulos dos neurônios periféricos superficiais. Essa disposição explica a dor referida. O estímulo é visceral, mas a dor é experimentada na superfície da pele, devido à convergência de estímulos sobre o mesmo segmento da medula que recebe também estímulos da pele.
As causas da dor torácica podem estar na parede torácica; nas pleuras; nos pulmões; no coração; no pericárdio; nos vasos; no mediastino; no esôfago; no diafragma ou ser de origem psicogênica.
Dessa forma, a pergunta introdutória, durante a anamnese, deve ser abrangente: “o senhor sente alguma dor ou desconforto no peito?” Peça ao paciente para apontar o local da dor e descrever todas as suas características, passando, depois, para perguntas mais específicas.
Dor muscular: envolve músculos peitorais,