Maus tratos com os idosos
SIMPÓSIO SOBRE DIAGNÓSTICO DE DOR TORÁCICA ENIO LEITE CASAGRANDE – Médico cardiologista do Serviço de Cardiologia do Hospital Moinhos de Vento. Endereço para correspondência: Enio Leite Casagrande Rua Ramiro Barcelos, 910/804 90035-001 Porto Alegre, RS, Brasil Fone (51) 3312-2122 (51) 3311-5457 ecg@cardiol.br
Simpósio sobre Diagnóstico de Dor Torácica
Angina pectoris e infarto agudo do miocárdio infarction
Angina pectoris and acute myocardial
Para o diagnóstico da dor torácica de origem isquêmica é necessário ter em mente aspectos relevantes como a localização e a extensão da área da dor, irradiação, tipo (ou qualidade) da dor, desde quando o sintoma existe, quanto tempo dura cada episódio, fatores desencadeantes e condições de alívio da dor. A causa mais comum de isquemia do miocárdio é a doença coronariana aterosclerótica. Outras causas incluem doença valvular aórtica, miocardiopatias e espasmos das artérias coronárias. A dor torácica ocorre quando a aterosclerose leva ao estreitamento do lúmen coronariano e produz isquemia. O fluxo sangüíneo, que é adequado em repouso, torna-se inadequado quando as demandas são aumentadas por esforço ou quando um espasmo ou trombose impedem o fluxo coronariano em repouso. A isquemia miocárdica devida a doença valvular ou miocardiopatia traduz a severidade destas patologias. Angina estável A dor de curta duração da isquemia miocárdica é a chamada angina pectoris (Tabela 1). Costuma localizarse na região retroesternal e afeta uma área do tamanho da mão em forma de “garra”, maneira como freqüentemente os pacientes se referem à dor e a localizam (sinal de Levine). Pode irradiar-se para o pescoço, mandíbula, membros superiores (mais o esquerdo), região dorsal e cervical e porção superior do abdômen, podendo ser mais pronunciada em uma dessas áreas ou, mais raramente, ser sentida apenas em uma ou mais delas. É normalmente precipitada pelo exercício, emoções, pelo ato de alimentar-se