Doenças Renais Crônicas
INTRODUÇÃO
Os rins são órgãos fundamentais para o equilíbrio e manutenção do corpo humano. Na Doença Renal Crônica (DRC), a queda progressiva do ritmo de filtração glomerular, tem como consequência redução das funções endócrinas, excretórias e regulatórias, que tendem a comprometer outros órgãos do organismo (BASTOS et al., 2004). A incidência de pacientes com DRC no Brasil está aumentando, e os custos do tratamento são altos. Estudos mostram que a doença pode ser prevenida ou retardada com o diagnóstico precoce e alimentação correta (KIRSZTAJN et al., 2009). Hoje, cerca de 50 milhões de indivíduos são portadores de DRC progressiva e mais de milhão de pessoas são tratados com transplante de rins. Dessas, mais de 85% moram em países industrializados (LYSAGHT, 2002). Vale ressaltar que a incidência de insuficiência renal crônica terminal, dobrou ao longo dos últimos 15 anos, e as previsões é de que venha a dobrar novamente nos próximos 10 anos (XUE et al.,2010). Em 2006, estimava-se que no Brasil haviam cerca de dois milhões de pessoas com DRC, porém , aproximadamente 60% delas não sabiam estar doentes. Entretanto, é possível que essa estimativa seja muito inferior à frequência real da doença em nossa população, uma vez que, nos Estados Unidos, estima-se que aproximadamente 11% da população, que correspondem a 19 milhões de pessoas, padeçam da doença em algum estágio de evolução (GORDAN et al., 2007). Na Austrália, informações de registros mostram aumentos nas frequências de diabetes do tipo II, obesidade e DRC iguais aos que vêm sendo observados nos Estados Unidos e também no Canadá (DIRKS et al., 2005). A descoberta da doença na fase inicial e a procura do especialista (nefrologista) permitem ao paciente uma possibilidade de estagnar ou até interromper a progressão da doença para estágios mais avançados (KIRSZTAJN; BASTOS, 2011). Tendo em vista a importância do diagnóstico e tratamento precoces,