DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
3.1 Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)
O Brasil assim como outros países em desenvolvimento, está vivendo um momento de mudanças em suas sociedades. Em conjunto essas mudanças, encontramos importantes modificações no perfil de morbidade e mortalidade, onde as doenças crônicas não transmissíveis representam importantes problemas de saúde pública nestes países. Mudanças essas que fazem parte da chamada transição epidemiológica, na qual existe uma inversão das causas de morte de doenças infecciosas para doenças crônicas degenerativas. Outro fator importante é a mudança no que refere-se à Transição Demográfica com significativa diminuição das taxas de fecundidade, natalidade e aumento progressivo na expectativa de vida. Como resultado verifica-se o progressivo aumento da proporção de idosos, em relação aos demais grupos etários, tendência essa que devera se ampliar nos próximos 20 anos (SCHMIDT, 2011).
As DCNT representam um dos principais desafios a saúde para o desenvolvimento global nas próximas décadas. Ameaçam a qualidade de vida de milhões de pessoas e apresentam grande impacto econômico para países de baixa e média renda. Segundo a OMS as DCNT são responsáveis pelas principais causas de morte no mundo, correspondendo a 63 % dos óbitos em 2008, sendo elas responsáveis por altos custos econômicos para as famílias, para o sistema de saúde e para a sociedade. No Brasil constituem o problema de maior magnitude e correspondem a 72% das causas de morte, atingindo fortemente as camadas mais pobres da população e alguns grupos vulneráveis (WHO, 2011).
As Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) podem ser caracterizadas por história natural prolongada, multiplicidade de fatores de risco complexos, interação de fatores etiológicos desconhecidos, causa necessária desconhecida, especificidade de causa desconhecida, ausência de participação ou participação polêmica/duvidosa de microrganismos entre os seus determinantes, longo período de