Doenças Crônicas não Transmissíveis (Resumo)
As doenças crônicas não transmissíveis (DCTN) são um problema de saúde global e uma ameaça à saúde e ao desenvolvimento humano. A carga dessas doenças recai especialmente sobre países de baixa e média renda.
Vinte e três países, inclusive o Brasil, foram avaliados em relação à carga das DCTN e à capacidade nacional de responder ao desafio imposto por tais doenças.
Em 2007, cerca de 72% das mortes no Brasil foram atribuídas às DCNT (doenças cardiovascular, doenças respiratórias crônicas, câncer e outras, inclusive doenças renais), 10% às doenças infecciosas e parasitárias e 5% aos distúrbios de saúde materno-infantis.
Um importante estudo sobre a carga de doenças no Brasil, que utilizou estatísticas de saúde de 1998 e empregou disability-adjusted life years (DALYs – anos de vida perdidos ajustados por incapacidade), mostrou que as doenças crônicas foram responsáveis por 66% de DALYs; doenças infecciosas, maternas e perinatais e deficiências nutricionais foram responsáveis por 24%; e causas externas, por 10%. Dentre as doenças crônicas, destacam-se transtornos neuropsiquiátricos (19%), as doenças cardiovasculares (13%), as doenças respiratórias crônicas (8%), os cânceres (6%), as doenças musculoesqueléticas (6%) e diabetes (5%).
A maior parte da carga originada de transtornos neuropsiquiátricos se deve à depressão, às psicoses e aos transtornos atribuídos ao uso inadequado ao álcool. Pesquisas com avaliações padronizadas diretas segundo os critérios da CID10 revelam que a depressão afeta 5-10% dos adultos. Uma pesquisa recente realizada em dez países desenvolvidos e oito países em desenvolvimento encontrou a maior prevalência de depressão na região metropolitana de São Paulo.
Depressão e (TMG; estados mistos de depressão e ansiedade) foram mais prevalentes em pessoas com níveis mais baixos de educação e renda e em pessoas que estavam desempregadas.
A mortalidade em pessoas com psicoses, sobretudo