Doença Ulcerosa Péptica
Epidemiologia
Consiste na perda da continuidade da mucosa gástrica, que se pode estender até a submucosa. Ocorre hipersecreção gástrica causada por uma falha na defesa da mucosa/lesão do ácido. A úlcera péptica pode ser de etiologia aguda ou crónica.
Tem vindo a diminuir nas últimas 3 décadas devido à diminuição da prevalência H. pylori, melhor terapêutica médica e diminuição do consumo de AINES e aspirina.
Afeta os homens 3 vezes mais que as mulheres. A prevalência de ambos os tipos de úlcera é máxima na 6ª decida de vida.
A úlcera Gástrica é menos frequente, a sua incidência é máxima aos 40-60 anos e 95% atingem a pequena curvatura.
A úlcera Duodenal é 10 vezes mais frequente, a sua incidência é máxima aos 20-45 anos e 95% atingem a 1ª porção do duodeno Fatores de risco
Grande Infeção pelo Helicobacter pylori e uso crónico de AINEs.
Pequeno Idade (idosos); tabagismo (incidência e recidiva); Raça (+ comum nos afro-americanos e hispânicos); sexo; álcool (pode provocar gastrite aguda); gastrite crónica; stress; estimulantes.
Patogenia
Ocorre formação de úlcera péptica quando os fatores de defesa da mucosa estão alterados, devido à infecção pelo H. Pylori, ao aumento da produção de ácido clorídrico e pepsinogénio e aos fatores de agressão (AINES, tabaco);
Quando a defesa da mucosa gastroduodenal que ocorre em 3 níveis: Barreira Pré-epitelial, Epitelial e Sub-epitelial é ineficaz. A primeira linha de defesa (pré-epitelial) é uma camada de muco e bicarbonato, que funciona como barreira físico-química contra múltiplas moléculas, incluindo iões hidrogénio.
As células epiteliais superficiais constituem a barreira seguinte de defesa, visto que produzem muco; mantêm o pH intracelular; e Produzem bicarbonato.
Como tal, ocorrem lesões epiteliais superficiais, evido à inflamação ativa que resulta na erosão da mucosa e na incapacidade de renovação celular (Desequilíbrio entre forças lesivas e mecanismos de protecção da mucosa)