Documentário justiça
Disciplina: Direito Constitucional
Documentário Justiça
Reflexão
Maria Augusta Ramos foi excepcional na sua visão documental sobre a realidade do sistema judiciário brasileiro, o documentário é o espelho de uma sociedade juridicamente exaustiva e fragilizada. Maria conseguiu mostrar o limbo social que existe entre os que “têm família” e os que estão marginalizados de qualquer assistência do Estado. É possível notar que grande parte dos indivíduos processados é oriunda de uma classe menos favorecida, onde seus integrantes por não terem as ofertas ou oportunidades educacionais ou ainda empregatícias, que deveriam ser proporcionadas pelo Estado, acabam ingressando na delinqüência.
São presos, recolhidos em um sistema carcerário sem a menor condição de propiciar sua reabilitação, já que não existe qualquer processo de diferenciação de delito potencial, o que acaba ocasionando num agravamento dessas personalidades criminosas, isto é, pessoas que pela primeira vez, realizaram atitudes desviantes, são colocadas nas mesmas carceragens de indivíduos da mais alta periculosidade, o que demonstra um eminente erro por parte das autoridades competentes que não procedem a combater tal realidade, evidenciando-se desta forma no descaso do Estado, que deveria sanar esta problemática.
É importante ressaltar que a superlotação carcerária também é um fator contribuinte no processo de agravamento de personalidades criminosas, pois isto vem gerando revoltas e motins dentro das cadeias. Observamos que a notória ausência de políticas publicas, estratégias, planejamentos, programas educativos e profissionalizantes, entre outros, que deveriam ser implantados pelo Estado, acabam incidindo na decadência do sistema prisional, que possui as funções de punir e excluir da sociedade, mas principalmente de recuperar o infrator, o que obviamente não ocorre, suscitando desta forma num maior prejuízo para o poder publico, que tem nas prisões, um sistema consumidor