Documentário ameríndia - crítica
Este filme mostra uma realidade sincera, corajosa e necessária de ser denunciada em relação à presença do homem civilizado no continente americano.
Fazendo uma denúncia sobre a tentativa de destruição das culturas indígenas do Continente, através de imagens de grande beleza. Utilizando, inclusive, imagens inéditas das comunidades indígenas do Xingu na década de 50.
É chocante e brutal a inserção do homem branco na cultura indígena, trazendo o (dito) progresso juntamente com doenças e mortalidade, antes nunca contabilizadas. Não muito distante podemos citar nós os “civilizados”, tendo países desenvolvidos subjugando os mais fracos economicamente, ditando qual religião seguir, que comida comer, qual modo correto de educar nossos filhos, modo de viver, de pensar e agir. Até mesmo nós brasileiros que fomos descobertos pelos portugueses sofremos uma massiva interferência em nossa linguagem, cultura etc. Até herdamos uma dívida, pasmem!
Em nível de conscientização ambiental, os índios estão a anos-luz em relação a nós, eles tem um respeito e admiração perante os elementos da natureza que nós sequer imaginamos. Uma relação de respeito aos mais velhos, o saber ouvir, o saber-viver em comunidade, a solidariedade, o trabalho comunitário e muitas outras virtudes.
Especialmente marcante também é o depoimento de uma índia, falando sobre a tentativa mal sucedida de evangelização e catequização dos índios, como a mesma argumenta que nunca viu um índio que tenha deixado seus costumes, seus rituais e suas crenças. Recrimina o homem branco por tentar impor a qualquer custo suas crenças, religião, costumes. Explica que as nações indígenas não adoram a um Deus, mas, possuem um grande respeito e nutrem uma bela relação com a natureza, considerando a terra como sua mãe, de onde vem a vida, o alimento, a criação. Lamenta o fato de o homem civilizado ter uma visão capitalista sobre a