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Muito se fala no meio cristão atual em “separar um momento para Deus, nem que sejam apenas 10 minutos no seu dia”. Para muitos isso seria suficiente e até bom demais, já que somos tão atarefados. A Bíblia, ao contrário do que prega o “ditado” acima exposto, fala, através de Jesus, no capítulo 6, versículo 33 de Mateus: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”. Isso, no entanto, nem sempre é o que tem acontecido. Até mesmo em nossas petições somos o mais materialistas e mundanos possível; enquanto nenhuma vez exaltamos a pessoa do Senhor e tudo o que Ele é, e não por tudo o que Ele pode fazer, nos esquecendo que fomos criados para a eternidade, e não para este mundo. Lendo 1 Samuel 1, me deparei com a história que eu por vezes já havia lido, mas que se mostrou sob uma perspectiva completamente nova para mim: a história de Ana. Ana era esposa de Elcana, o qual a amava (e amor no casamento não era essencial como nos dias de hoje, haja vista o costume dos casamentos arranjados). Ana, porém, era constantemente perturbada pela outra esposa de seu marido, Penina, por ser estéril. Ser estéril era uma das piores desgraças para uma mulher daquela época, e isso muito afligia o coração de Ana. Muito aflita, orou a Deus e lhe prometeu que, se concebesse, entregaria seu filho ao Senhor para que vivesse todos os seus dias para Ele. Prometeu, e, quando deu à luz, cumpriu a promessa feita. Eu me pergunto: quantos de nós seríamos capazes de fazer tal coisa? Ainda mais nos nossos dias, em meio à pregação dos “evangelhos” da prosperidade e do “eu”, nos quais podemos exigir de Deus o que queremos. Ana rogou a Deus por um filho, não exigiu. Além disso, entregou a criança ao sacerdote depois daquela haver desmamado. Aquele mesmo, Samuel, que mais tarde se tornou o mais importante juiz de Israel, era o que mais queria Ana. E ele foi usado para os propósitos do Senhor, como assim garantiu sua mãe.