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Visita inclui canavial, engenho, senzala e casarão.
A visita pelo Museu Senzala do Negro Liberto inclui a casa do feitor, bem mais confortável do que a senzala, e o canavial - de cana-de-açúcar -, onde foram encontradas ossadas humanas. O local foi cercado e denominado de Cemitério Repouso da Liberdade. O conhecemos ainda o rio Pacoti. Há ainda a lojinha de artesanato da região, o atual engenho, em funcionamento na época da safra da cana-de-açúcar, de julho a janeiro, e o casarão que conserva móveis centenários.
Nas salas do casarão são conservados objetos doados ou dos antigos donos. Um deles é uma peça do século passado que servia para engarrafar a cachaça e colocar a tampa de cortiça. Outras peças históricas são um pilão de pedra e um tabuleiro cristalino pertencente à família de Juvenal de Carvalho, um dos donos do casarão, que era usado para descascar e triturar arroz, milho e café. Existem ainda uma coleção de cédulas antigas da época da abolição e documento de compra e venda de escravos.
O casarão foi construído no século XVIII. a senzala, local de descanso e de castigo dos escravos. Ali eles eram chicoteados e, como eram muito altos tinham cerca de 1,80 metro, precisavam ficar deitados. Quanto mais rebeldes, mais no fundo ficavam, explica o guia turístico, mostrando um cômodo úmido, mas parecido com um túnel, de teto baixo, com uma única e estreita entrada de ar com grades. No cubículo escuro, segundo o guia, eram colocados cerca de dez escravos que, quando desobedeciam ou se tornavam rebeldes, eram chicoteados e torturados psicologicamente.
Nos pequenos e escuros cubículos da senzala viviam cerca de 100 escravos. Eles eram obrigados a entrar ali às 18 horas e sair às 6 horas. Dormiam no chão, em cima de esteiras de palha. Em cada cômodo, encontram-se os instrumentos de tortura, como as correntes, algemas e gargalheiras. Essas últimas serviam para prender o escravo na parede pelo pescoço. Tinha até para criança