Do feudo à cidade
Com a decadência e a destruição do Império Romano do Ocidente, por volta do século V D.C. (de 401 a 500), como conseqüência das inúmeras invasões dos povos bárbaros, e das más políticas econômicas dos imperadores, várias regiões da Europa passaram a apresentar baixa densidade populacional e baixo desenvolvimento urbano. Isso ocorria devido às mortes provocadas pelas guerras, às doenças, ao fim do escravismo romano e à insegurança existentes logo após o fim do Império Romano. Tudo isso favoreceu sensivelmente as mudanças econômicas e sociais que iam sendo introduzidas, principalmente, na Europa Ocidental, e que alteram completamente o sistema de propriedade e de produção característicos da Antigüidade. Essas mudanças acabaram revelando um novo sistema econômico, político e social que veio a se chamar Feudalismo.
O Feudalismo não coincide com o início da Idade Média (século V), porque esse sistema começou a serem delineados alguns séculos antes do início dessa etapa histórica (mais precisamente, durante o século VI), consolidando-se definitivamente ao término do Império Carolíngio, no século IX.
A Formação do Feudalismo
Os fatores que explicam a formação desse sistema na Europa podem ser divididos em estruturais e conjunturais. Os fatores estruturais são representados pelas instituições econômicas, sociais, políticas e culturais dos romanos (Império Romano do Ocidente) e dos povos germânicos que se fixaram (invasões) dentro do Império a partir do século V.
Os principais elementos romanos que contribuíram para a formação do feudalismo foram: a economia agrária e autossuficiente das vilas romanas; as relações de meação existentes no campo durante o Baixo Império; o distanciamento social entre os proprietários e os trabalhadores (clientes, colonos e precários); e o poder político-militar localizado. Todos esses aspectos eram resultados da crise econômica e política do Império Romano.
Elementos germânicos também entraram na formação