Do Despudor A Inocencia
Atualmente é normal sermos seletivos com o que é falado na frente das crianças, acreditamos que pela criança ser algo tão frágil temos que possuir o cuidado de como falamos e agimos em sua frente, durante o século XVI e o início do século XVII isso não apresentava importância. As crianças visualizavam e ouviam toda a vivencia dos adultos, até mesmo a realeza mostrava tal comportamento, onde um príncipe divertia os adultos a sua volta fazendo graça mostrando suas partes intimas, todavia aos cinco anos ele começa a querer se divertir com as partes intimas das outras pessoas, causando certo desconforto nas pessoas. É nesse momento em que começa surgir o respeito à criança, surgindo primeiramente entre os protestantes e católicos na Inglaterra e na França. De súbito a primeira preocupação era com a linguagem usada com as crianças, e os livros usados em sua educação vinda de pedagogos e moralistas, que assemelhavam a criança com uma inocência angelical. Em pinturas eram retratadas como anjos por possuírem tal inocência divina. Com isso a educação torna-se obrigatoriamente importante, começam a surgir as pequenas escolas, colégios e as casas particulares de ensino, nesse momento todo o cuidado com as crianças, com quem eles conversavam, ou o que faziam era redobrado, o ensino era extremamente rigoroso de forma que era impossível imaginar o que acontecia dentro das escolas, sabia-se que apenas uma lamparina ficava acesa para permitir que apenas as necessidades naturais fossem realizadas, era a única permissão que as crianças possuíam. Junto com todas essas mudanças começou a surgir novidades especificas para as crianças, ou seja a criança agora possuía uma prioridade diferente, exemplificando livros de literatura infantil sempre com temas religiosos ou então livros de normas que deveriam ser aprendidas pelas crianças. O respeito com a criança passou a ser universal e regra de todos. Criou-se princípios moralizadores que deveriam ser seguidos durante a