Dna forense
Eduardo Ribeiro Paradela e André Luís dos Santos Figueiredo
DNA Forense – Peritos Associados e Análises Laboratoriais LTDA.
Associação de Peritos Judiciais do Estado do Rio de Janeiro contato: dna@dnaforense.com / www.dnaforense.com
1. Introdução As primeiras aplicações das tipagens genéticas ou, como são internacionalmente conhecidas, “DNA fingerprinting” foram descritas pelo geneticista Alec Jeffreys no início da década de 1980. Em suas pesquisas, este cientista verificou que sequências do DNA (ácido desoxirribonucléico) que se repetem um número aleatório de vezes diferem entre pessoas e interpretou que estas regiões da molécula poderiam ser empregadas para identificar pessoas e pesquisar a existencia de vínculo genético entre indivíduos. As regiões analisadas naquela ocasião ficaram conhecidas como VNTR (“variable number of tandem repeats”). A técnica empregada para investigar sequências VNTR é conhecida como RFLP (“restriction fragment length polymorphism”) e envolve enzimas de restrição que cortam o DNA em áreas vizinhas aos loci VNTR. Historicamente, o método de RFLP foi primeiro empregado por Jeffreys em um caso de imigração e em dois homicídeos com ligação entre si. Desde então, as técnicas para as tipagens genéticas evoluiras e se espalharam por quase todo o planeta. Na atualidade, os testes forenses de DNA são uma das mais importantes ferramentas da justiça na elucidação de crimes e em casos de direito de família.
2. A molécula de DNA como evidência Não há crime perfeito. Esta tão badalada frase representa uma verdade que ficou ainda mais evidente com o emprego investigativo da genética. Em todas as metrópoles do mundo há crimes de difícil solução. Não são todas as investigações policiais que contam com as facilidades observadas episódios de séries de televisão como o sucesso de audiência CSI - investigação criminal. Contudo, os laboratórios de genética forense já podem enxergar o invisível, a