Diário
A vida campesina de estrutura familiar conduzida e acompanhada pelos pais até a fase adulta é alterada pelo ritmo exploratório e inescrupuloso do Capitalismo. Crianças associadas à escolas, mas estas eram supervisionadoras – com controle social sobre aquelas, tidas como desordeiras por não suportarem as mais de dez horas diárias de expediente insalubre em fábricas, indústrias, minas e teares da Europa em franca industrialização no início do século XIX. Com isso, os padrões físico (como altura e peso) e intelectual sofrem reduções quantitativas consideráveis que, aliado à publicação de Darwin (A origem das espécies), estimulam fortemente o debate científico sobre a importância do desenvolvimento da criança. Surge então uma nova forma legítima de pesquisa e prática: a Psicologia do Desenvolvimento.
O estudo do desenvolvimento da criança é o estudo das mudanças físicas, cognitivas e psicossociais que as crianças sofrem a partir do momento da concepção. A tarefa científica básica da psicologia do desenvolvimento é entender como esse processo notável ocorre. Seus pilares de pesquisa baseiam-se na Continuidade, Filogenia, Ontogenia, Cultura, Linguagem e os Estágios de Desenvolvimento, além do seu caráter transdisciplinar ao envolver outras áreas afins que possam contribuir com descobertas cada vez mais relevantes, além de manifestar interesse pela dinâmica decorrente da ação simultânea de diversos níveis de realidade. Prova disso são as questões acerca das fontes de desenvolvimento: se naturais (predisposição biológica) ou educacionais (ambiente sócio-cultural).
Os autores citam ainda o chamado “período crítico”; um momento ideal para o desenvolvimento em função da ocorrência de eventos que propiciem interação com ambiente, estimulando a criança a progredir.
O des-envolvimento da criança trata de mudanças das mais diversas ordens que influenciarão o homem adulto no seu ser, pensar e agir; gerará homens e mulheres